Stan Lee tinha produzido com Steve Ditko (e uma mãozinha de Jack Kirby) uma verdadeira revolução no mundo das HQ's de super-heróis, o Homem-aranha supera as expectativas em Amazing Fantasy 15, não o suficiente para salvar a revista, mas para ganhar a própria publicação. Stan conseguiu outra vez, arriscou um palpite em um título moribundo e quando conseguiu o sucesso, não perdeu tempo em agregar o Aranha à família.
O Aranha era tudo o que o fã adolescente queria, Peter Parker era um nerd no fundo do poço, em sua primeira aparição ele não pretendia ser muito mais com seus poderes, ganhos em um acidente de laboratório (o toque da ficção de horror) até que um trauma o volta para as responsabilidades.
O toque da responsabilidade. |
Peter Parker é um jovem do subúrbio, assim como o leitor ele não tem tanto dinheiro pra torrar em super equipamentos ou armas de teia. O Homem-aranha surge de forma basicamente artesanal no quarto de um garoto, fantasiando o que aconteceria na vida real de alguém que acompanhava histórias em quadrinhos.
Vale lembra que pra época, os anos 60, a ficção da revista do Aranha era bastante realista comparado com o resto dos gibis, como Quarteto Fantátisco, X-mem, entre outros. O protagonista Peter Parker era o esterótipo do fã de quadrinhos que não era lá muito rico para bancar sua vida exclusiva de super-herói como os outros.
Vale lembra que pra época, os anos 60, a ficção da revista do Aranha era bastante realista comparado com o resto dos gibis, como Quarteto Fantátisco, X-mem, entre outros. O protagonista Peter Parker era o esterótipo do fã de quadrinhos que não era lá muito rico para bancar sua vida exclusiva de super-herói como os outros.
A icônica representação. |
Fora isso, tem o fato de que o Homem-aranha não nasce um herói. Ele passa a ser um, e nada impede a raiva da sociedade contra esse vigilante mascarado, que no fundo ainda é só um garoto em uma fantasia.
O herói Homem-aranha ganha sua própria revista e já se encontra cara-a-cara com os grandes rostos da casa das ideias. Em quase toda sua primeira fase, talvez até hoje. Cada escolha do cabeça de teia resulta em uma perda para ele, seja falhar em um encontro ou ser reprovado na faculdade.
Os números que seguiram às primeiros edições foram sempre um estrondo de vendas, a ligação do Aranha com o Quarteto Fantástico arrebanhou a legião de fãs no que seria o primeiro cross-over do aracnídeo, que estava sempre integrado ao universo Marvel nascendo. Encontrava o Demolidor ou era desmascarado por um vilão imbatível. O Homem-aranha sempre foi, acima de tudo, um cara como eu ou você.
Stan também aprendeu a chocar o leitor e tira-lo da zona de conforto. Se hoje em dia a morte de um herói ou a revelação de sua identidade é motivo de zoação, você pode agradecer ao Stan por ter começado com tudo isso, nas edições de sua publicação favorita e assumida como tal. O Homem-Aranha já passou por toda a lista de catástrofe dos gibis, se bem analisado.
Perdeu a própria identidade, revelou a própria identidade, morreu, viu a namorada morrer, virou o vilão, fez pacto com o capiroto (No caso Mephisto, o capiroto de plantão na Marvel) até teve um clone! A receita é espetacular, pelo menos no material-mãe, os quadrinhos.
Ben Reilly, o clone. |
Perdeu a própria identidade, revelou a própria identidade, morreu, viu a namorada morrer, virou o vilão, fez pacto com o capiroto (No caso Mephisto, o capiroto de plantão na Marvel) até teve um clone! A receita é espetacular, pelo menos no material-mãe, os quadrinhos.
É claro que tudo isso é só a ponta do iceberg, têm muita gente que vai discordar do que foi dito nas partes anteriores: I, II e III, que você pode recapitular clicando nelas. Alguns vão dizer que na verdade o gancho foram os X-men, outros o Quarteto por serem os primeiros heróis de Stan, já outros vão falar que foi o Capitão América na época da Timely comics, se você quiser pode ter sido até o Hulk. Beleza, pra mim foi o cabeça de teia, valeu?!
Hoje é Sexta-feira! |
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