Stan Lee é um gênio, não só porque ele leva crédito por personagens que ele nem chegou a fazer parte do projeto, ou porque seu universo em quadrinhos ganhou muita força nas últimas décadas. Stan é sim um gênio literário, sabe porquê eu exagero assim?
Como ele fez isso? Como deu tão certo? Na verdade foi um grande golpe de sorte e um trabalho de saber ouvir as ideias em parceria, filtrando tudo pra garantir que o público-alvo se interessasse.
Analisar como o senhor Stanley Martin Lieber (nem o Stan Lee tem o direito de se chamar Stan Lee) Conseguiu mudar o rumo da criação de gibis e ter praticamente alimentado essa indústria, que sem ele estaria morta (não negue, fanboy da DC) é o primeiro ato desse arco de posts.
Vamos entender a mágica do Stan agora, voltando até o problema da Comics Code Authority. Simplificando, o CCA funcionava como a classificação etária fixa das HQ's, já que o público que acompanhava as publicações era predominantemente juvenil e (os pais) ficavam chocados ao consumirem um conteúdo violento.
Por quê violento? Antes da regra do CCA quadrinhos não possuíam restrição de imagens, daí o Batman podia quebrar pescoços e atirar em pessoas à vontade. ( Era bem loko!)
"Ouve-se um estalo quando o pescoço do cossaco SE QUEBRA" |
Mas enfim, as HQ's levaram um puta soco na cara depois da revolta da sociedade civilizada e o CCA. As histórias em quadrinhos em geral passaram pra galhofa. Mesmo com adições que suavizassem e simpatizassem com a família, a moral e os bons costumes como os parceiros mirins, o nível de conteúdo decaiu ao ridículo.
É um pássaro? É um avião? Não, é o Super-sereio! |
Até aqui (1941 -1954) o estagiário Stan, que apagava os traços brutos do desenho e trazia cafézinho, havia se tornado editor e escritor da casa Timely, agora Atlas Comics. Com histórias de romance, ficção científica, aventuras medievais, todas funcionavam muito bem. Talvez tenha sido dessas variadas receitas e estilos que heróis como o Superman tentaram se sustentar durante o CCA, sem muito sucesso.
Por um tempo, HQ's de supers tiveram que apostar em contos mais fantásticos e sem noção, às vezes o personagem era só uma imagem, as características dele eram cortadas pra dar espaço maior pra história maluca que vendesse mais edições.
Então como o Stan, que dava tão certo com HQ's de outros gêneros entrou nessa jogada fria que eram as revistas de super-heróis? Simples, Stan também era fã do que fazia. Se ninguém faz por você, faça você mesmo...
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