X-men: Apocalipse está apanhando fervorosamente nas críticas. Ainda é melhor que X-men: O Confronto Final; o que não é mérito nenhum. O filme prometeu muitas homenagens através do Marketing que ele não entregou. Bryan Singer é muito fã de X-men, como todos nós sabemos; Mas, ele se esquece que ele não é um fã maior que eu ou você por estar dirigindo o filme e isso não lhe dá o direito de moldar o Universo Mutante.
Porém, tirando alguns deslizes... O filme é bom, sim! Tanto que o filme liderou 95% de bilheteria onde estreou. Mas, obviamente teve uma queda drástica, e isso mostra que não importa o quão terríveis possam ser certas mudanças na história, os apreciadores dos mutantes sempre vão gastar seu dinheiro pra ver alguma coisa no cinema.
Bryan Singer é um cara inteligente, ele não cospe na cara dos criadores, dos fãs e dos mantenedores dos personagens e do título, e diz que quer ser revolucionário... Não mesmo, é Zack Snyder?! Ele aprendeu ao longo dos anos que agradar os fãs com service ao mesmo tempo em que coloca mutantes conhecidos como figurantes agrada, até certo ponto. E o que teve de bom em X-men: Apocalypse?
Pra começar, a reapresentação de personagens clássicos e o restabelecimento da Escola Xavier Para Jovens Superdotados como uma instituição para mutantes lotada de gente, como em X2; e a ferramenta utilizada para introduzir o público à essa "nova-velha" etapa da escola é a descoberta dos poderes mutantes do Scott Summers, vulgo Ciclope.
O jovem Scott deu de dez à zero em seu antecessor da franquia, e conseguiu transformar um adolescente marrento e desalinhado por causa de seus dons, em um esboço de líder. Obviamente, esse Ciclope não tem a menor ideia do que está fazendo e sua experiência é zero, mas existe uma intuição ali e ela é palpável; o que já alinha o personagem à algo melhor.
E em quem Scott Summer, literalmente, esbarra ao entrar na Mansão? A jovem ruiva que tem fama de maluca, o motivo pelo qual o Instituto Xavier não dorme durante a noite. Jean Grey não era de um todo uma personagem ruim na trilogia prévia, mas faltava algo ali que foi corrigido por Sophie Turner durante o filme.
Jean assusta os outros por não controlar sua mutação plenamente, assim como o Ciclope de Ty Sheridan, e é isso que o roteiro usa para aproximar os dois numa Escola Xavier que abriga jovens mutantes às dezenas.
Os dois são parte da turminha dos deslocados, e isso é genial para contornar o fato dos dois serem os primeiros alunos do Professor X nos quadrinhos, e por isso terem se aproximado. Ciclope e a Garota Marvel ainda vão se tornar o epicentro da franquia, na melhor das hipóteses.
Enquanto isso não acontece, vamos nos contentar com mais cenas incríveis do Mercúrio. A única coisa que torna o arco dele fraco nesse filme e previsível, é que tem a ver com o Magneto, seu pai, e que não se resolve no final, deixando as motivações do garoto um tanto quanto transparentes.
Outro personagem que terminou o Longa com uma transparência muito idiota foi o Arcanjo; Que acabou aproveitado como um capanga, pura e simplesmente. Ele e Psylocke são retratados não só como páreas que Apocalipse selecionou por seus poderes, mas como agentes de violência, e só. Um ponto positivo no arco dos dois é que eles se conectam; Como ex-namorados, Psylocke vai atrás do Anjo para apresenta-lo ao Apocalipse, isso quase passa despercebido mas existe ali um elo mais fundo entre os dois.
É uma pena que o nome real de nenhum dos dois foi mencionado, acrescentando isso à lista de motivações toscas que fazem o filme parecer meio superficial. Por outro lado, o número de personagens famosos no filme só aumenta com pontas do Blob, Caliban, Destrutor e até uma menção ao filho de Moira Mactaggert, o terrível Proteus. Não existe margem pra tenta explicação e profundidade, e o filme já tem mais de duas horas e meia. Mas, lógico que cinco minutos de tela são reservados ao Wolverine.
Parece uma tradição de Bryan Singer e da FOX voltar ao Lago Alkali, e contar de novo a origem do Wolverine. A aparição dele ajuda a movimentar a trama e é do jeito que os fãs necessitavam ver o velho mutuna; Animalesco, cheio de sangue, perturbado e desvairado sem nenhuma noção de quem é. Hugh Jackman não tem uma fala sequer, ele não é o seu famoso Wolverine ali, ele é a Arma X.
O personagem não é nem mesmo o ponto principal e motivo dos X-men estarem no Complexo do Departamento H, e acaba sendo apenas uma conveniência de cena, uma atração turística do local. O visual está impecável e a cena arrepia até ao mais fanático dos Wolverinetes, ganha o filme.
Se por um lado o fantasma dos filmes de "Wolverine e sua turminha" acabaram, o pesadelo com a Mística da princesinha Jennifer Lawrence parece não ter prazo de final. O público que a atriz trás para o filme é o que faz com que ela seja o ícone do Longa, e por isso a Mística; ardilosa, malévola e desprezível, vira heroína maravilhosa que (porque a atriz tem birra da maquiagem exaustiva da personagem) acaba se escondendo do mundo como uma mulher normal. Por favor, chega de Jennifer Lawrence! X-men não é sobre uma anti-heroína azul que lidera jovens mutantes! CHEGA!
O Apocalipse é um bom antagonista, é convincente enquanto vilão e é o típico vilão dos quadrinhos. A atuação de Oscar Issac é muito boa e ele traz crédito ao personagem, assim como o personagem enche seu currículo em filmes nerds. Dois outros jovens atores que ganharam destaque e se saíram muito bem em seus papéis foram Alexandra Shipp e Kodi Smit-McPhee. Noturno e Tempestade não tem muito espaço de cena, o azulão ainda ganha mais tempo com excelentes lutas e piadas que coroam Kurt Wagner com o "Prêmio Fidelidade pelas Hqs" desse filme. Tempestade ganha seu passado fiel mas é muito sub-aproveitada, infelizmente.
Com direito à Senhor Sinistro em cena pós-créditos, nós fãs vamos continuar torcendo por um filme mutante cada vez melhor, X-men nunca é primoroso e Cinco Estrelas nos cinemas, mas fica nos corações da galera e é por causa desse carinho que ainda vamos ver várias gerações deles nos cinemas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário